Alto Comando do Exército Brasileiro não exigiu perícia das urnas - Fake News

Boato - Fake News - Circula no Whatsapp uma notícia falsa dizendo: "Alto Comando do Exército Brasileiro encurrala TSE e exige perícia nas urnas antes e depois das eleições!".

As urnas eletrônicas usadas nas eleições brasileiras tem sido alvo de muita polêmica, desconfiança e inúmeras teorias da conspiração. Não entraremos aqui no mérito da possibilidade das urnas eletrônicas poderem ser fraudadas ou não.


Mas é fato que existe muita desconfiança com o sistema eletrônico de votos, e alguns candidatos como Jair Bolsonaro e Cabo Daciolo , incendiaram ainda mais a discussão ao afirmarem, que é possível fraudar as urnas e que nelas eles não confiam.

Assim, já era mais que esperado que começassem a espalhar notícias falsas como a que pode ser lida abaixo - na íntegra e com ortografia original.




TEXTO DO BOATO

"BOMBA  Exclusivo: Alto Comando do Exército Brasileiro encurrala TSE e exige perícia nas urnas antes e depois das eleições!
O atentado político contra a vida do candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), intrigou o alto comando do Exército Brasileiro, que acompanha com redobrada atenção as investigações a cargo da Polícia Federal.

Outro fato que inquieta a caserna diz respeito a suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas.

A possibilidade de fraude nas eleições presidenciais fez com que o alto comando das Forças Armadas (FA) enviasse um comunicado oficial ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, que também é membro do STF.

No documento, assinado por graduados de ultima patente das três armas – Exército, Marinha e Aeronáutica – os militares exigem que as urnas eletrônicas sejam submetidas a perícia por especialistas das Forças Armadas, antes e depois do pleito. Weber teria engolido a seco a exigência, por ela considerada intromissão indevida no judiciário.

A inteligência das Forças Armadas, em especial do Exército Brasileiro, desconfia que o crescimento repentino e inexplicável de Fernando Haddad (PT), nas pesquisas eleitorais, seja a preparação do terreno para uma mega fraude eleitoral.

O golpe a lisura do pleito e a democracia estariam sendo articulados pelo sistema financeiro, grandes construtoras e poderosos investidores, que lucram bilhões com a manipulação do mercado financeiro.

A fonte  garante que a grande imprensa e os institutos de pesquisa foram cooptadas para difundir a falsa imagem de que o crescimento de Haddad, preposto de Lula, na corrida presidencial, teria ocorrido de forma natural e espontânea.

Já que a facada desferida pelo esquerdista Adélio não deu cabo a vida de Bolsonaro, o establishment recorre a estratégia mais sórdida: manipular a opinião pública e fraudar o pleito eleitoral.

O Exército Brasileiro deve impedir mais essa facada, não apenas contra o candidato Bolsonaro, mas contra a democracia, há sonhos e  esperanças de uma Pátria livre das ameaças do comunismo.
REPASSANDO" (sic).

FIM DO TEXTO DO BOATO

O Alto Comando do Exército Brasileiro exigiu pericia das urnas?





Verificação dos fatos - Por mais que a candidatura de Haddad cause raiva a uma boa parte das pessoas, o crescimento repentino de Hadadd nas pesquisas já era esperado, afinal, ele, depois de ser oficialmente declarado candidato a Presidência da República pelo PT, herdou os votos que iriam para o Lula. E não herdou todos, afinal, Lula, de acordo com as pesquisas estava na frente de Bolsonaro, o que não ocorre com Haddad.

Portanto é pura besteira achar que essa subida repentina de Haddad nas pesquisas seja a preparação de uma mega fraude. O crescimento era esperado por todos.

Mas o verdadeiro desmentido dessa Fake News parte exatamente das Forças armadas, através do perfil de Twitter do General Villas Boas no dia 4 de setembro de 2018.


Leia nota emitida pelo Comando do Exército

Comando do Exército
NOTA DE ESCLARECIMENTO
ATUAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO NO PROCESSO ELEITORAL
04/09/2018
O Exército Brasileiro tem as suas missões definidas no artigo 142 da Constituição Federal e na Lei Complementar Nº 97, de 9 de junho de 1999, alterada pelas Leis Complementares Nº 117, de 2 de setembro de 2004, e Nº 136, de 25 de agosto de 2010.

O Exército Brasileiro vem participando, historicamente, a pedido da Justiça Eleitoral, da segurança física dos locais de votação e apuração (GVA).

A missão das tropas designadas para essas operações é garantir o democrático exercício do voto, com a normalidade necessária, e a posterior apuração, onde o processo eleitoral exija reforço na segurança pública.

Nesse contexto, cumpre destacar que o Exército não recebeu solicitações para realizar verificação, avaliação ou auditoria técnica do funcionamento e segurança dos equipamentos eletrônicos de apuração. Não cabe à Instituição o papel de “validadora da inviolabilidade das Urnas Eletrônicas”.

Brasília/DF, 4 de setembro de 2018.

Atenciosamente, 

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO
EXÉRCITO BRASILEIRO
BRAÇO FORTE - MÃO AMIGA
Fonte - DefesaNet

Vale lembrar que ás vésperas das eleições, não seria possível fazer uma auditoria de todas urnas que se encontram lacradas e distribuídas pelo país.

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