Será verdade que o feijão está caro porque a Dilma doou 625 toneladas para Cuba?
O preço do feijão disparou nos supermercados e logo começaram a surgir boatos de que o preço elevado do feijão teria como causa a doação para Cuba de 625 toneladas de feijão feito pela então Presidente Dilma em Outubro 2015.
As doações realmente ocorreram através do Programa de Doação Humanitária de Alimentos do Brasil à República de Cuba. Além de Cuba, foram enviados alimentos como feijão e arroz para a Faixa de Gaza.( Globo Rural).
Vale lembrar que essas ações estão previstas na Lei 12.429, de 20 de agosto de 2011, que autoriza o governo federal a doar estoques públicos de alimentos para assistência humanitária internacional.
A ação, do Programa Mundial de Alimentos, é coordenada no Brasil pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Na época em que foi feita a doação de 625 Toneladas, o Brasil possuía 303 mil toneladas no estoque ( Consultar Pagina 150 ). Ou seja foram doados cerca 0,20% do estoque... Nem 1%.
Fora essas doações a Cuba e Faixa de Gaza, mil municípios de 22 estados brasileiros foram beneficiados com a doação de 11,8 mil toneladas de feijão dos estoques públicos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desde o começo da operação, em julho de 2015. O produto destina-se a entidades e organizações como restaurantes comunitários, cozinhas populares e ainda para a rede pública de saúde, educação e segurança.
O alto preço do Feijão é culpa da doação de 265 toneladas para Cuba?
Não, definitivamente, não. De acordo com o Globo Rural, a alta do feijão é devido a fenômenos climáticos causados pelos efeitos do El Niño. Nos estoques do Governo ainda restam cerca de 108 mil toneladas. O Estado mais afetado pelos efeitos climático é o Paraná que responde por 24% da colheita nas três safras de feijão e o Estado é o principal produtor.
E o feijão deve subir mais ainda de preço, podendo chegar a R$ 15,00 o Kg em algumas regiões.
Além do feijão com arroz, a pesquisa da GFK aponta também altas expressivas no ano até maio de outros produtos básicos, como farinha de mandioca (34,5%), leite longa vida (19,3%), açúcar (18,2%), ovo (7,7%), óleo soja (7,6%) e até carne de segunda (3,12%).
Resumindo; A culpa do aumento de preço de feijão não é por causa das doações de Dilma para Cuba e sim decorrente a escassez do produto que teve sua safra prejudicada por efeitos climáticos.
As doações feitas para Cuba não chegaram a 0,20% do estoque do Governo. Logo, não faz o menor sentido lógico culpar essa doação pela alta do preço do feijão.
2 Comentários
Beleza, mas se não tivesse feito tal doação, teria mais feijão em um estoque regulador que o Governo não investiu por ter que conter despesas por já ter gastado a vontade com o que não podia. De uma forma ou de outra, se a função do estoque regulador é justamente a manutenção do equilíbrio do preço para que fenômenos climáticos ou de incompetência administrativa, não prejudiquem o Cidadão.
ResponderExcluirTrouxinha definitivamente não sabe fazer conta e nem tem noção de quantidade. Por isso é enganado tão facilmente...
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