Boato que circula na rede diz que uma Nova droga distribuída nas Escolas de nome docinho, tem sido apreendida pela polícia em diversos Estados do Brasil e preocupado os professores e responsáveis pelos alunos. Mas será que esse a droga docinho existe mesmo e é distribuída nas escolas?
De acordo com o boato que começou a circular no Facebook brasileiro, em Maio de 2016, a nova droga "Docinho" estaria sendo distribuída nas escolas municipais e estaduais em Manaus, e está assustando pais e professores.
Segundo o boato, o nome "docinho" se deve ao formato da droga, que se parece com balinhas de cores variadas e atrativas que se dissolvem debaixo da língua. O seu batismo original seria Doce NBH – um entorpecente vendido em festas eletrônicas, similar ao LSD. Ainda de acordo com o boato, a polícia teria informado que cada unidade é vendida aos usuários por até R$ 200,00.
Logo após a publicação do boato original, dizendo que a droga teria sido descoberta em Manaus, diversos outros boatos começaram a surgir na rede relatando a existência da distribuição do Docinho em diferentes Estados brasileiros.
Claro que o surgimento de uma nova droga é sempre algo preocupante, ainda mais se ela é distribuída para crianças e adolescentes nas escolas. Mas será mesmo verdade que esse tal docinho existe? Vamos analisar.
Primeiro vamos dar uma olhada na foto que tem sido compartilhada nas redes e descobrir do que se trata. São diversas fotos semelhantes.
A maioria dessas imagens são dos Eua, algumas foram associadas ao um boato que rolou por lá na época do Halloween, explicado no site caçador de boatos Snopes ( Leia a matéria original em inglês, aqui ), De acordo com o Snopes, o boato sobre balas de ecstasy que estariam sendo distribuídas as crianças durante o Halloween de 2015, é uma mistura de ficção com realidade.
Como muitos devem saber, o ecstasy é comumente chamada de "bala" ou "doce" e pode ter formas engraçadas e coloridas. Nas fotografias acima de fato vemos alguns comprimidos de ecstasy, mas isso não significa que ele está sendo distribuído nas escolas.
O preço do ecstasy assim como o do LSD é muito caro, no boato fala em torno de R$ 200,00 , coisa que alunos de escolas Municipais e Estaduais dificilmente teriam.
Outro fator importante que chama a atenção no boato, é sobre a informação ter sido prestada pela polícia, mas não há registros de apreensão dessas drogas e nenhum alerta de policiais sobre a distribuição dessas balas. É por norma as polícias serem avisadas quando são encontradas novas drogas no território brasileiro e sua principal fonte de distribuição. Também não há registros hospitalares.
Boatos de drogas sendo distribuídas nas escolas existem desde os anos 70 e passaram por geração em geração até os dias de hoje na forma de lenda urbana. Não é raro encontrar pessoas que já ouviram histórias de doceiros ou pipoqueiros que vendiam drogas para as crianças ou as camuflavam, sem elas saberem, dentro de suas guloseimas. De acordo com a lenda urbana, isso era para viciar as crianças. Algumas histórias de fato aconteceram, mas eram casos isolados.
Vale lembrar que o uso de LSD e ecstasy em escolas não combinam, são drogas usadas em baladas, além de serem pouco interessante aos traficantes venderem drogas tão caras em um local de tão baixo poder aquisitivo.
Foto de alunas drogadas com Docinho, nova droga distribuída nas escolas:
A foto acima tem sido utilizada junto com o boato para tentar dar veracidade ao mesmo, informando que essas meninas teriam utilizado o docinho. Chegam a fazer a maldade de compartilhar a fotos dessas crianças sem lhes ocultar o rosto. Na verdade, essas duas meninas que seriam aparentemente de um Colégio Militar da Polícia Militar (CMPM) foram flagradas por diversas pessoas com sinais de embriaguez na avenida Paraíba, bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul da capital. Veja o vídeo abaixo:
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Concluindo: O boato sobre o Docinho, a Nova droga distribuída nas Escolas é falso e ao contrário do que andam dizendo pela internet, não há registros policiais sobre esse tipo de droga, que custa 200 Reais, sendo distribuído nas escolas Municipais, Estaduais e nem mesmo em colégios particulares. Esse tipo de boato sobre drogas sendo vendidas nas escolas fazem parte de uma velha lenda urbana.
Ainda assim, não se pode negar que outros tipos de drogas como maconha, cocaína, crack e até mesmo o álcool, podem ser encontrados em algumas escolas. No caso do ecstasy e do LSD são drogas de preços proibitivos para os alunos, não compensando os eu tráfico nas escolas, seja pago ou gratuito.
Fica de qualquer forma o alerta para nque os responsáveis das crianças e adolescente, sempre ficarem atentos ao comportamento delas.
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