Boato que circula na rede diz que o Juiz Sérgio Moro é professor fantasma na UFPR, não vai trabalhar e todos os anos a Faculdade do Paraná move processo contra ele, mas é arquivado por ele mesmo.
O Juiz Sérgio Moro que está julgando o caso da operação lava-a-jato, tem sido alvo de constantes boatos na rede tentando fazer com que a população desconfie da sua capacidade moral para julgar o caso de corrupção que tem parado o país.
O verdade Absoluta - em parceria com o Boatos.Info - já esclareceu diversos boatos envolvendo o Sérgio Moro. Tais como: Sérgio Moro vendeu grampos para a Globo por 5 milhões, Esposa do Sérgio Moro é advogada do PSDB, Juiz Sérgio Moro é filiado ao PSDB
São tantos os boatos que as vezes a gente fica até meio perdido. Todos os dias é criado um novo boato, não só do Sérgio Moro, mas também envolvendo o Lula, a Dilma, as forças armadas que vão fazer intervenção militar, Bolívia e Venezuela ameaçando invadir o Brasil... Ufa! Ufa nada, pois tem muito mais.
Mas em relação ao boato que diz que Sérgio Moro é professor fantasma da UFPR, vamos fazer uma análise do boato para tentar descobrir se é verdade ou não:
Sérgio Moro é professor fantasma na UFPR
Texto do Boato na íntegra: "O Moro é prof na UFPR, não vai trabalhar e recebe salário, todo ano a universidade move processo ADM e no MP o processo chega a divisão que ele trabalha e é arquivado.O guerreiro contra a corrupção recebe sem trabalhar e ainda delibera ou orienta processos e causa própria. O pau que bate em Chico não bate em Francisco." (sic)A primeira coisa que precisamos fazer é saber se de fato o Sérgio Moro é professor na Universidade Federal do Paraná. Para isso, basta acessar o site da UFPR que disponibiliza o quadro de docentes para consultas online, aqui.
Na consulta, descobrimos que o Sérgio Moro é professor de Direito Penal e processual Penal e Ingressou na instituição em 12.11.2007. Consultando a grade horária da UFPR podemos ver que ele dá aulas nas Segundas e nas Terças ás 21 horas.
Então ele é de fato docente da UFPR, resta saber se o Sérgio Moro é professor Fantasma, recebe salário sem trabalhar e se ele mesmo julga as ações da UFPR contra ele.
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De acordo com um matéria publicada no dia 28/08/2012 no site Conjur, Sergio Moro perdeu uma ação que ele moveu contra a UFPR. Nessa ação, Moro, que no início de 2012 foi chamado para ser assessor da ministra Rosa Weber no Supremo, entrou com um um mandado de segurança pedindo que a Justiça Federal do Paraná obrigasse UFPR o deixar dar as aulas apenas nos dias em que podia, já que era obrigado a ficar em Brasília de Segunda a Quinta, o que impedia ele de cumprir a carga horária de 8 horas semanais.
Moro queria dar três aulas seguidas às sextas-feiras e eventualmente aos sábados. A faculdade não aceitou, já que o Regimento Interno proíbe que mais de duas aulas da mesma matéria sejam ministradas em sequência e Moro então, não poderia dar as 8 horas de aulas obrigatórias.
Sérgio Moro tentou convencer que a Universidade sairia ganhando, já que seria um grande prestígio para a UFPR e para os alunos ter um assessor de Ministro do Supremo ministrando suas aulas ali. Não colou.
Moro perdeu a ação: A juíza Claudia Cristina, afirmou que o Judiciário não pode determinar a uma Universidade Federal o que fazer. De acordo com a juíza, a Justiça só tem competência para agir caso haja alguma ilegalidade, o que não era o caso do Sérgio Moro.
Hoje, Sérgio Moro não está mais trabalhando em Brasília e portanto pode perfeitamente conciliar o serviço de professor penal e Juiz do caso Lava-a-Jato.
Concluindo o boato que diz que Sergio Moro é professor fantasma na UFPR:
O boato é falso, Sergio Moro é professor na UFPR, dá aula as Segundas e Terças, a não julgou nenhum processo movido contra ele pela UFPR, pelo contrário, Foi ele quem entrou com um mandado de segurança contra a UFPR e mesmo com todo o prestigio de assessor de Ministro: perdeu a causa.
Com cenário político atual é preciso que o leitor tenha muito cuidado antes de compartilhar qualquer coisa que esteja na internet. A facilidade de se criar boatos é enorme, qualquer pessoa pode escrever uma história e compartilhar em alguns grupos no Whatsapp e a história é compartilhada por milhares de pessoas, chegando eventualmente ao Facebook e replicada nos blogs que visam o lucro através do grande numero de acessos.
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2 Comentários
A verdade não seria parcialmente falso ou parcialmente verdadeiro? Em um certo período ele ficou 6 meses sem dar aulas e recebeu integralmente seus vencimentos. Após isso ainda tentou mais 6 meses que foi negado pela UFPR e aí sim adentrou na justiça, conforme relatado pela defesa da UFPR na decisão da Vara Federal de Curitiba e no acórdão do TRF-4. Em um certo período, mais precisamente em 2012, esse boato foi verdeiro.
ResponderExcluirPode anexar um link ou fonte sobre isso? Ao que consta ele deu aulas normais por 6 meses e depois teve a assessoia renovada e entrou com o pedido. Como mostrado no site do jusBrasil
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